A tendência slow. Uma boa notícia!
Para tudo! Cansaço, correria, sensação de que o dia está ficando mais curto… Não vê a hora de fugir para uma praia? ? Você não está sozinhx, amigx. Esse sentimento é compartilhado mundialmente! Desde 2012 vem surgindo, devagarzinho, uma nova tendência. Ela está crescendo e a cada dia ganha novos adeptos.
Essa tendência é a SLOW, que significa “devagar” em inglês. É fruto do Slow Moviment, uma filosofia que busca equilibrar e desacelerar as nossas vidas. E isso não significa fazer as coisas mais lentamente, mas sim realizá-las na velocidade correta, de forma que valorize a qualidade, bem estar e o uso mais prazeroso e equilibrado do tempo.
“É uma revolução cultural contra a noção de que mais rápido é sempre melhor. A filosofia Slow não é fazer tudo a um ritmo de caracol. Trata-se de tentar fazer tudo à velocidade certa. Saboreando horas e minutos em vez de apenas contá-los. Fazendo tudo o que for possível, em vez de ser o mais rápido possível.” Honoré
O conceito slow foi utilizado pela primeira vez para contrastar com o modelo fast food. Tudo começou em 1986 com o italiano Carlo Petrini que quis protestar contra a abertura de um Mc Donald em Roma. Preocupado com o prazer da alimentação e o sistema de produção que envolvia os alimentos, ele passou a liderar o Slow Food, um movimento que defende um novo conceito de qualidade, que leva em conta não apenas o sabor, mas também como e por quem o alimento foi produzido.
A partir daí surgiu a definição de que um produto deve ser ‘bom para o consumidor, limpo para preservar o meio ambiente e justo ao respeitar os trabalhadores.’
O Slow Food se tornou uma associação internacional que atualmente conta com mais de cem mil membros em todo o mundo. Mais do que incentivar as pessoas a dedicar tempo para saborear um prato, ele vai contra a padronização dos alimentos e defende a informação aos consumidores sobre o que comem.
Essa ideia se expandiu para outras áreas, como design, moda, arquitetura, educação, dentre outros… Surge então o Slow Movement! E o principal responsável pela disseminação dessa cultura foi o jornalista escocês Jean Carl Honoré, autor do livro “In Praise of Slowness” (“Em favor da Vagarosidade”, em tradução livre). Ele acredita que o próximo estágio do capitalismo é consumirmos menos coisas, com maior qualidade.
Atualmente, o termo SLOW abrange todos os momentos da nossa vida, na alimentação, no design, na prática esportiva, nos relacionamentos, no trabalho e inclusive na arte de educar os nossos filhos. OU SEJA, pode ser aplicado numa diversidade grande de negócios!!! ? ?
Em geral, viver “slow” significa viver conscientemente, com intenção e de forma que os recursos não sejam desperdiçados. Em vez disso, o tempo e os recursos são usados criativamente e adequadamente para atender o que é essencial. O movimento tem a intenção de combater a obsolescência programada, o consumo e descarte de coisas apenas para substituí-las (bens materiais, atividades, relacionamentos). Assim como a falta de tempo para pensar, refletir e sentir o que estamos fazendo e a perda de prazeres que o cotidiano poderia nos proporcionar se não tivéssemos tanta pressa o tempo todo.
A tendência Slow preza pelo entendimento do real conceito de sustentabilidade.
Quer alguns exemplos de como esse conceito foi aplicado em outras ideias? Inspirado no Slow Food, aí vai alguns:
- Slow Fashion: surgiu como alternativa à indústria fashion de massa. Nesta visão, são incorporados os cuidados com o meio ambiente e a responsabilidade social, além do estímulo ao comércio e consumo consciente e ético.
- Slow Home: promove uma arquitetura sustentável, personalizada, simples e economicamente razoável. Um lugar onde a pessoa seja feliz, num ambiente aconchegante que proporciona o convívio das pessoas.
- Slow Marketing: enfatiza uma perspectiva centrada no cliente, na sustentabilidade e na ética. O slow marketing constrói relações com clientes em vez de incentivar resultados imediatos, como aproveitar uma oferta de tempo limitado.
- Slow Design: preocupação em produzir objetos que sejam atemporais, mesmo que isso signifique um maior tempo de fabricação. Um dos ícones desse movimento é o crochê.
- Modelo Slow de Produção: empresas que tem foco não apenas na qualidade sustentável dos produtos, mas também na qualidade dos processos produtivos. Produtos de qualidade devem ter a produção limitada pelas matérias-primas, pelo uso de recursos naturais e pela mão-de-obra. Além disso, a valorização dos saberes e tradições locais é outro princípio respeitado pelos empreendedores que produzem de um jeito slow. ?
E essa lista só cresce. Mas para te ajudar segue uma imagem resumindo as diferenças entres os valores atuais e do Slow.
E para fechar, não se esqueça que estamos vivendo na Era da Experiência em que os negócios precisam ser memoráveis e prazerosos. Tudo a ver com a Tendência Slow, não acha? Esperar alguns minutos pela infusão do chá feito com ervas frescas. Observar moer os grãos de café. Apreciar uma bela paisagem escutando uma música agradável. E por aí vai… O importante aqui é: não importa o que for fazer, faça com (c)alma. s2
Quem é Fernanda Rodrigues?
Engenheira química, pós graduada em engenharia de produção, que se realiza no mundo da inovação e ajudando pessoas a fazerem o que amam.