Com um ano de atraso e redução no projeto, a Prefeitura de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 24, a reforma do Largo do Arouche, no centro de São Paulo. Previsto para ser restaurado, o Mercado das Flores foi retirado do projeto. Previsão de entrega da primeira etapa das obras é de quatro meses. Praça ganhará banheiros, boulevard, bebedouros, além de mais postes de iluminação e bancos.
O projeto também prevê ampliar o espaço público para além dos limites do Largo. Isso porque a obra vai nivelar o piso do local até a calçada que abriga o restaurante francês La Casserole e a Academia Paulista de Letras. O nivelamento do piso com a rua é um convite à redução de velocidade dos veículos.
A proposta de elevação da rua segue o modelo “traffic calming”, semelhante ao que já existe na Rua Avanhandava e na Praça do Patriarca. Nesse tipo de via, as velocidades máximas ficam em torno de 20km/h e 30km/h.
Após quatro meses de obras, o Largo do Arouche terá um parque para crianças, uma horta comunitária, uma arquibancada, além de uma base fixa da Polícia Militar e quiosques para a comunidade LGBT e para cuidadores da praça.
“Vamos ter uma área para criança, uma horta comunitária, uma arquibancada para eventos culturais, toda uma requalificação respeitando as ações do tombamento em relação à parte geométrica aqui da praça que reproduz espaços de Paris”, afirmou o prefeito Bruno Covas. Ele disse que a manutenção desses equipamentos será de responsabilidade da Prefeitura.
Toda a obra da primeira etapa do largo do Arouche vai custar R$ 2,3 milhões, valor arrecadado por cerca de 30 empresas francesas, recursos captados pela Câmara de Comércio França-Brasil e a Associação Viva o Centro. Ao todo, somadas as intervenções com mobiliário e o custo da obra, serão gastos R$ 3,5 milhões.
A parceria com os empresários começou em 2017, quando Doria convocou a comunidade francesa a dar um presente para a cidade de e propôs requalificar o Arouche. Ele defendia a ideia de transformar o espaço em um “promenade” (passeio, em francês).
Mercado das Flores
A reforma do Mercado das Flores está prevista para uma segunda etapa, ainda sem data para ser iniciada. Isso porque as obras estão estimadas em R$ 1,5 milhão, que não foi arrecadado ainda. Segundo o prefeito Bruno Covas (PSDB), a administração municipal fará uma busca por parceiros na iniciativa privada.
No projeto inicial, estava prevista a instalação de uma marquise com painéis fotovoltaicos para captação, armazenamento e reuso de água da chuva para rega das plantas, o que daria autonomia à praça.