- Publicado em 28 de junho de 2019
Diretor Geral na Esalflores
Vem aí uma série de aplicativos de pagamento via QrCode. Muitos outros surgirão mas devem se destacar o Iti (Banco Itaú) e o pioneiro no Brasil PicPay seguido de uma série de outros que serão a resposta dos grandes adquirentes, além é claro das famosas maquininhas que já estão trazendo essa solução. Aplicativos como como Rappi (que já possui o RappiPay) inspirados no gigante WeChat que já faz isso muito bem na China, e ainda arrisco dizer – se é que já não fazem – “WhatsAppPay” “UberPay” “99Pay” e por ai vai! Todo mundo vai querer ser a sua carteira virtual.
Não será raro ver Pdvs(Frente de caixa) repletos de QrCodes. Na China, por exemplo, já não existem mais maquininhas. Vivenciei isso na prática conforme vídeo abaixo:
Esse deve ser o grande movimento dos próximos meses e os grandes já estão se movimentando, o único desafio é que no geral os grandes bancos são engessados e devem ter dificuldade de acompanhar essa rápida mudança de tecnologia de pagamento. Nós empreendedores queremos taxas baixas, mas também queremos um serviço de qualidade e tarifas transparentes sem “taxinhas” ocultas, ou “asteriscos” nas condições comerciais, e infelizmente isso muitos ainda não entenderam e buscam atrair clientes com soluções milagrosas de taxa zero (que duram pouco tempo) assim como a permanência do cliente em suas bases.
As maquininhas precisarão se integrar e se reinventar não só fornecendo serviços a preços baixos, mas também qualidade superior gerando efetivamente valor. Nesse cenário, disparado está a Stone que deve permanecer em evidência porque tem na interface a transparência (não esconde de você informações básicas que são realmente suas). Particularmente em nossas empresas utilizando praticamente 100% Stone observamos que a transparência e a facilidade da informação nos ajudam a não perder tempo com controles desnecessários. Quantas vezes ligar para algumas das lideres de mercado e implorar por um relatório de vendas para confrontar taxas, e quando disponibilizadas muita dificuldade em entender os números, seguidos de telefonemas de horas em centrais de atendimento. Para combater isso gastar com empresas de conciliação para auditar se os recebíveis de fato entraram em conta, e por muitas vezes surpresas e aí a pergunta: Por que pagar mais para uma informação que deveria já vir mastigada?
Não tem porque existir um equipamento só para transacionar uma venda (por isso permanecerão as empresas que fornecem mais que isso) mundo de celulares, rostos e impressões digitais, claro que isso ainda deve ser a longo prazo, mas certamente, assim como vivenciei na China, o QrCode substituirá o POS e o PinPad. Só não tão rapidamente, como por exemplo a propagação do Uber e dos Patinetes porque infelizmente ainda os sistemas ERPs e PDVs são relativamente engessados e pesados, mas não adianta, todos terão que ceder porque a febre QrCode vai chegar e agora com a entrada do banco Itaú nessa brincadeira, tanto PicPay como Iti devem dar vida a esse mercado ainda morno por aqui.
Por fim tive a oportunidade de realizar duas importantes visitas como cliente, uma na Stone, e outra na PicPay. No caso da Stone somos um dos primeiros clientes e admiro muito porque de fato nos ajuda a gerir nosso negócio através da facilidade do atendimento e transparência, e a PicPay porque foi a pioneira nessa modalidade aqui no Brasil e tem um potencial muito grande inclusive através de algumas sugestões que tive a oportunidade de propor, e quem sabe se aceita, tende a facilitar a vida de muitos empreendedores por ai.
Escritórios modernos, equipes totalmente engajadas, instalações impactantes são muito importantes, mas certamente essas empresas têm em comum, além da cor verde, uma característica: Foram os pioneiros em trazer para o Brasil uma nova forma de enxergar algo que parecia imutável. Mudaram e fizeram a diferença e hoje graças a eles, estão fazendo que seus concorrentes se movimentem e façam melhor, para não desaparecerem do mercado no longo prazo.