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Uma noiva na cadeira de rodas. Como seria? Nem eu sabia!
Não havia referências, não encontrava nada nas revistas nem catálogos.
Mas sonhava com isso. Eu deslumbrante no dia do meu casamento.
Eu sabia exatamente o que queria. Um vestido de princesa. Como o da Cinderela.
Mas será que ficaria bom? Morria de medo de parecer o bolo de noiva e não a noiva, rs.
Fui em alguns estilistas. Eles tinham muito medo de fazer o vestido que eu queria.
Falavam para eu apostar num mais sequinho que fosse fácil de vestir.
Mas não era o que eu queria. Se eu fizesse assim, não estaria realizando meu sonho.
Até que encontrei um que comprou a minha ideia.
Mas, havia uma outra dificuldade. Como eu faria as provas? Nenhum ateliê era adaptado.
Como nunca faltou criatividade para mim e para minha mãe, logo encontramos uma solução.
A cada prova, levávamos um lençol branco, estendíamos no chão e pronto eu me sentava e provava.
Era engraçado. Eu nunca estava satisfeita com a quantidade de brilhos. Cada prova pedia para bordar mais e mais.
Eu queria brilhar!
Conforme ia ficando pronto, mais eu me encantava. Estava vendo meu sonho ali, se realizando bem na minha frente.
Só de lembrar, me emociono.
Minha cadeira, mais uma vez, não impediu que eu me vestisse da forma que eu queria.
Ao contrário, foi minha carruagem que me levou até o meu príncipe encantado.
Augusto Aki é consultor do SEBRAE e trabalha com foco na INOVAÇÃO DO MODELO DE NEGOCIO. Tem graduação em Ciências Contábeis pela USP, Pós graduação em marketing pela PUCC, Pós Graduação em varejo pela FEA/USP e MBA em E-business pela FGV.
É autor de 20 livros e de 15 cursos.
Foi responsável pela área Administrativa e pela área de marketing do Veiling Holambra, onde criou o ENFLOR e foi ainda responsável pela Expoflora.
Articulista na Revista Plasticultura.
