ANÁLISE DA COMERCIALIZACAO NO DIA DOS NAMORADOS

As notícias dão conta de que as vendas foram boas. O que ocasionou isso pode ser atribuído a:

  • Com os restaurantes e bares fechados, a comemoração se tornou mais doméstica e com isso o presente com flores se tornou mais importante;
  • A data coincidiu com o fim da quarentena, que trouxe um momento de exaltação e de busca por comemorar a fase vencida (ainda que a situação não esteja resolvida)
  • A comemoração teve um perfil mais maduro, tendo como foco os casais casados. A data foi uma oportunidade para a celebração da cumplicidade e da parceria, perante os desafios da pandemia

Em termos de preços, tivemos uma forte influência da quebra de safra nas rosas vermelhas, que acabou por influenciar todos os demais produtos. Isso foi ocasionado por:

  • Desde o início da pandemia, com a suspensão dos eventos, o setor de produção de flores de corte reduziu drasticamente a produção. Esse setor precisa de escala para sobreviver e com isso, somente a redução da produção (inclusive com a perda de flores nas plantações), pode reduzir o impacto negativo no caixa. A estimativa é que a produção de flores de corte, em especial das rosas, já estivesse operando com 50% da sua capacidade normal (se considerarmos que sempre há um crescimento de oferta para as datas de pico, a redução de oferta em relação a 2019 foi muito significativa – estima-se que ela tenha sido de 35%)
  • Devido a redução de oferta, os preços dispararam (ate 3x mais), o que influenciou a maior demanda por rosas de outras cores e por flores de corte silvestre.
  • Isso ajudou a produção regional. No Rio de Janeiro, os produtores de flores de corte temperada conseguiram escoar maços via supermercados (uma operação até então inédita) e os produtores de flores de corte tropicais escoaram por lojas de hortifruti.
  • O preço do dólar bloqueou a entrada das rosas importadas
  • O frio que antecedeu a data, junto com a menor mao de obra disponível para os tratos culturais, também contribuíram para redução de oferta.

Observações gerais:

  • Ao contrário de anos anteriores, a data teve pedidos antecipados (geralmente a compra era de última hora)
  • Houve boa venda para flores em vaso e cachepos diferenciados (produtos não tradicionais para a data)
  • Houve prática de venda casada – para ter rosa vermelha a loja precisava comprar também rosas de cores variadas.
  • A Cooperflora trabalhou bem seu novo produto – FLOWER BOX – que fornece as flores já na quantidade e variedade certas para um buquê – o que abriu mercado para informais.
  • Decoradores e pessoas que trabalhavam com eventos aproveitaram a data para a venda direta
  • A venda de flores de corte em supermercados teve seu melhor desempenho desde que essa pratica se iniciou – o que indica que o produto pode crescer no canal e leva as floriculturas a se dedicar ainda mais a criar melhores relacionamentos com seu público (teremos um vídeo sobre isso no PROGRAMA DE MENTORIA)
  • As lojas usaram intensivamente as redes sociais para gerar pedidos

Entre os aprendizados, talvez o maior, e que foi esquecido, foi a organização para captação de cadastros. A data seria perfeita para a criação de um banco de dados para aniversários do 2º semestre e comemorações de aniversario de casamento, mas parece que poucos se atentaram a isso. Essa é uma ação que deve merecer atenção em julho e agosto

Nesse mês de junho, a lista de temas em vídeo para discussão com os assinantes ganhou mais 2 temas (além dos outros 80 disponíveis):

-12 estratégias para o produtor de flores de corte

-Vendas sociais – como criar uma estratégia para ir além da divulgação direta de fotos dos produtos

Para julho, iremos agregar os seguintes temas:

-Como nasceu a tendência Urban Jungle e como fazer negocios baseada nela

-Como o Home Gardening cria oportunidades para lojas e produtores

Veja mais info sobre o PROGRAMA DE MENTORIA em

Augusto Aki

19 991279660

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