A TEORIA DE DARWIN APLICADA AO MERCADO DE FLORES
Meus amigos (as), como vocês sabem, lá atrás, os dinossauros dominaram a terra….
Foi um processo de evolução, motivado pela ocupação de nichos ecológicos, e onde o crescimento de tamanho foi a força motriz das transformações. Isso não significa que não existissem animais pequenos (dos quais, aliás, nós descendemos), mas em todo momento histórico, alguém faz o papel principal e outro alguém é coadjuvante.
E qual a razão dessa divagação?
Quando trabalhava na Cooperativa Holambra, e isso também foi lá atrás(….), vivíamos uma explosão pre cambriana no mercado de flores. Havia ocorrido a Eco 92 no Rio de Janeiro e o surgimento do Veiling aumentou a oferta de produtos, o que viabilizou o aumento da distribuição e o aumento das lojas. A maior pressão de oferta criou demanda. A maior demanda criou mercado para novos produtos.
Na era pre histórica do nosso mercado (década de 90), nosso dinossauro “Rex” era a violeta, que dominava as prateleiras. Apesar de pequena, tinha como força motriz a excentricidade e o preço (além das cores violetadas que eram uma grande novidade).
Por ser o primeiro grande produto de consumo do mercado, logo se popularizou.
Depois disso, com o sobe e desce da economia, muitos outros produtos foram lançados, mas nenhum nunca havia ocupado um espaço semelhante. Lembro que nos idos de 1996 a Holambra comercializava cerca de 22milhoes de vasos de violeta por ano!
Muito se tem falado sobre preço dos produtos, concorrência canibalistica e tudo mais. Assim, era de se esperar que a violeta continuasse seu reinado, devido a seu preço, ou fosse substituída por outro produto de preço semelhante (ou menor).
Mas para minha surpresa vejo que hoje ela foi substituída por um produto que tem um preço pelo menos 10 vezes maior….. Chegamos a era do Phalaenopsis!
Até o início dos anos 2000, ele era um produto limitado a produtores artesanais, com pequenos volumes (e preços bem altos). Com a entrada da Holambra na produção houve uma explosão de volumes (alimentado também pelo crescimento do interesse dos supermercados nesses produtos e pelo aumento do consumo para uso próprio).
Ele também da maior margem para a floricultura tradicional, assim, mais vale vender um phal do que 10 violetas (ocupando menos espaço na loja e dando menos trabalho…)
E o que explica a atratividade do produto junto ao consumidor final?
Certamente a comparação custo/benefício. A durabilidade das flores é no mínimo 4x maior que dá violeta. A excentricidade é maior. A luminosidade floral (poder ornamental) é maior. Assim, temos um impacto maior.
Em uma visita aos Ceasas ou supermercados você verá que eles ocupam a maior parte do espaço de vendas. Assim, essas qualidades não devem ser desprezadas, e sim, copiadas, para que outros produtos (dos produtores) e novos serviços (dos floristas), usem como armas os mesmos argumentos e consigam assim melhorar suas margens.
É uma ilusão pensar que não há dinheiro para flores…. As pessoas gastam com a motivação “eu mereço! ” e para isso o produto e serviço devem merecer! Não abaixe seu preço, reflita como você pode aumentar seu valor!
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Augusto Aki