O SENTIDO DA VIDA…

O SENTIDO DA VIDA

Essa semana li um livro, o qual recomendo a você, chamado “Homo Deus” – Editora Companhia das letras – Yuval Noah Harari. Esse livro fala de comportamento e traz uma retorica sobre como as pessoas formam suas opiniões e tomam suas decisões, ao longo dos séculos.

Basicamente, apesar de olhar para um universo de milhares de anos de evolução, ele resume bem o choque de gerações, entre aqueles que hoje tem na faixa de 60/70 anos, 40/50 anos e 20/30 anos. Para nos isso se reflete tanto no que vivenciamos nos conflitos familiares quanto no relacionamento com clientes.

O grupo das pessoas entre 60/70 anos ve o mundo do ponto de vista do “proposito”. A felicidade está na realização, no sacrifício, do comportamento, do consenso e do respeito, tanto aos outros como ao Deus maior (se é isso que precisa ser feito, farei…). Seu grande desafio é a grande preocupação com o futuro, o que lhe impede de desfrutar o que acumulou. Poupar é melhor que gastar! Para ele a felicidade vem com o crescimento de seu grupo (família, trabalho, igreja, etc).

O grupo daqueles entre 40/50 anos ve o mundo do ponto de vista da “causa”. As pessoas devem ser livres e não se deixar influenciar por tutores, seguindo na direção do que sua percepção indica. Também acreditam na realização concreta e se tornam hiperindividualistas. Procuram criar um universo particular e evitar a dependência a todo custo (não preciso disso…). Seu grande desafio é a grande preocupação em consumir, quanto mais melhor, e sempre agora. Ter é tudo que importa! Para ele a felicidade vem o sucesso pessoal (carreira, relacionamentos, trabalho, finanças)

Já o grupo dos 20/30 anos vem de uma criação com abundancia e prefere focar sua energia em simplesmente ser “contra o sistema”. Acredita que usar e possuir são dois conceitos diferentes, por isso prefere compartilhar. Tem alto engajamento e mobilização, mas baixo poder de realização e alta volatilidade de foco. Seu grande desafio é transformar seu discurso em pratica e realmente alcançar a independência. O importante é o fluxo de dados gerado pelo coletivo e todos temos que produzir conteúdo, e postar! Para ele o sucesso vem com o fortalecimento da rede (moedas sociais, algoritmos que mostram a cara do coletivo, aprendizado é melhor que foco).

Na história das sociedades é comum a evolução pelo conflito de gerações, mas não se sabe de casos como agora, onde 3 perfis tão distintos convivessem no mesmo momento. Isso cria uma grande possibilidade, pela diversidade, mas certamente, potencializa a dificuldade de um passo comum.

Aqueles de 60/70 precisam entender do comportamento dos demais, se quiserem cumprir seu papel de ancora emocional dos núcleos. Isso tem sido perdido nos últimos tempos e por isso as famílias vivem suas crises.

Aqueles de 40/50 precisam saber compartilhar mais, para promover a integração da geração anterior e abrir espaço para a geração nova, sem o que a distância entre as partes ficara cada vez maior, e com a distância, o crescimento e a realização não se concretizam, e por fim, a própria sociedade perde sua identidade.

Aqueles de 20/30 precisam a aprender os benefícios do foco, da missão e de tornar palavras em algo tangível, sem o que nada agregarão e dessa forma serão massa de manobra de poucos que conseguirem ter essa visão, perdendo dessa forma seu bem mais precioso, sua identidade.

Augusto Aki